O Pluripartidarismo no Estado Democrático
É consabido inexistir democracia sem política, e consequentemente sem políticos. Veja-se, a política, enquanto arte ou ciência de governar, está intrinsecamente associada ao exercício do poder pelo povo, e para o povo. A política deveria ser, portanto, a salvaguarda do Estado de Direito. Entretanto, infelizmente, a atual realidade brasileira é deveras deficiente, pois percebemos que a política não está para os políticos, e sim para os partidos. Para corroborar o entendimento retro, pensemos na indicação de uma suposta herdeira do partido “x” para o ministério “y”, o que fora aquilo, uma piada?
A atual ingovernabilidade existente no país, ou melhor dizendo, a impossibilidade de se governar nessa tão sofrida nação é demasiadamente desesperadora. Isso porque somos reféns dessas organizações políticas que saboreiam o poder pertencente ao povo, há décadas. Percebe-se o toma lá, e o passa para cá no início de cada legislatura, os partidos são verdadeiras empresas negociando ministérios no balcão do Planalto.
Os problemas atuais são os mesmos de tempos atrás, quais sejam, educação, saúde e segurança. A única mudança que ocorrera nesse interstício foi o aumento de agremiações partidárias, e não de políticos, pois estes servem ao povo, e não aos seus próprios interesses escusos. Por óbvio não podemos generalizar, ou seja, colocar todos no mesmo saco de sujeira, existem mentes brilhantes naquele Congresso Nacional, representantes, que de fato representam, pois levantam suas bandeiras e vão para o combate, mas, tristemente, a grande maioria esqueceu-se do povo.
Mas somos brasileiros, e jamais deveremos desistir. O Brasil vive momentos que ficarão para a história, as instituições estão cada vez mais fortalecidas, estas efetivamente servem ao povo. É com muito otimismo que vejo as mudanças que precisam ser feitas, principalmente uma mudança de mentalidade política, pois é através dela que mudaremos todo resto.
Bruno Venâncio
Estagiário do LP ADVOCACIA